sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Decepção não mata. Ensina a viver!


- Sempre amigos?
- É claro!! S E M P R E !
- Ahhh eu te amo!!
- Eu também. Muito muito!


Eu não esperava. Na verdade, acho que nem ele.

A vida segue e disso eu tiro uma lição.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Saudades


A palavra só existe aqui. O sentimento, em todos os lugares do mundo. Sentimos de alguém que logo volta, outras vezes de quem nunca mais. Tem também, aquela que sentimos do que nunca vimos ou tivemos, só sabemos que existe. Traz sofrimento que só. Choro e dor até não aguentar.
Mas, não sejamos levianos. Ela não tem culpa de ser o que é. Não age sozinha. É consequência de vários fatores. Que existe, existe. Isso é um fato. Porém, não podemos negar o quão consciente é. Não pediu pra nascer e quando nasce, clama o tempo todo por um assassino.

Que todos nós possamos atender seu pedido. Matemos a saudade!


sábado, 11 de agosto de 2007

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Preciso dizer que eu te amo

Preciso Dizer Que Te Amo
(Dé, Bebel e Cazuza)


Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu nem sei em que hora dizer
Me da um medo ( que medo )


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto


Eu já não sei se eu to misturando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

O que é que a gente faz numa situação dessas?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A menina e o mar

Com pouco mais de 11 anos, tinha tudo que uma garota da sua idade gostaria. Brinquedos e roupas caros e estudava em uma das melhores escolas.

Era filha única e seus pais trabalhavam muito, quase não ficavam em casa. Quando ela acordava, eles já tinham ido trabalhar. Quando eles chegavam do trabalho, ela já estava na cama.
Na escola, como era boa aluna e quieta, as outras crianças rejeitavam-na.
Todos os dias quando chegava, antes mesmo de tomar banho e almoçar, ia para a varanda. Ficava alí, olhando o mar por uma meia hora. Contava à ele seus segredos e angústias e ouvia atentamente, os conselhos devolvidos com o quebrar das ondas.
Ela sabia que ele, o mar, a escutava sem pressa. Estava alí para quando ela precisasse, talvez até bravo e agitado, mas estava! Era seu único amigo.
Em um raro fim de semana que seus pais estavam em casa, pediu ao pai que a levasse à praia pra que pudesse nadar um pouquinho, mas, ele disse que teria de revisar uns contratos. Pediu para que deixassem para o sábado seguinte. Ela assentiu, mesmo sabendo que, provavelmente, ele arrumaria outra desculpa.
Num outro dia, enquanto conversava com o mar, uma das moças que trabalhavam na casa, se aproximou perguntando o que ela estava fazendo. A menina respondeu que conversava com seu amigo, o mar. A empregada sentiu um nó na garganta. Teve pena. Decidiu então, que conversaria com os pais dela quando chegassem mais tarde. Assim o fez, mas eles não lhe deram muita trela. Pediram que fosse logo ao assunto, pois estavam cansados e precisavam dormir. Quando souberam do que se tratava, com ar de descaso, disseram que era tudo muito normal, que era coisa da idade e que logo, ela arrumaria muitos amigos e até um namoradinho.
O que eles não sabiam, é que ela estava acordada, e acabou ouvindo tudo.
A menina ficou triste. Queria entender, como os próprios pais, não sabiam nada sobre seus sentimentos.
Na manhã seguinte, ainda clareando, os pais foram acordados com os berros da campainha. Era o porteiro. Ele vinha avisar que sua filha tinha morrido afogada.
Eles não podiam acreditar em tamanha besteira, já que, a menina estava dormindo em seu quarto. Foram conferir e, avistaram o vazio sobre a cama, havia apenas um bilhete que dizia: "Fui dormir com o único que me conhece e entende de verdade, o mar"
Os dois se olharam e caíram em lágrimas.
A empregada, que a essa altura já estava no quarto com eles, se perguntou se um dia eles se perdoariam.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Maldito Domingo

Sentada na varanda, enquanto tomava seu café da manhã as 14h, observava o movimento da rua. Aliás, a falta de movimento. Se espreguiçou, daquele jeito que até emite um som agudo e foi tomar um longo banho morno.
Pôs uma roupa, de ficar em casa mesmo, e resolveu ir para o quarto assistir um pouco de TV. Nos canais abertos, futebol e famílias paupérrimas estrelando quadros sensacionalistas, ganhando algumas esmolas de apresentadores aproveitadores. Na TV a cabo, programas sobre futebol, alguns filmes e episódios de séries sendo reprisados pela centésima vez.
Olhou para o computador. Não custava nada tentar! Ninguém no MSN. Mesmo que houvesse alguém, não estava com paciência para tal. Música.
Isso, música. Sempre a melhor opção. Deveria ter sido logo a primeira!!
Como estava sozinha em casa, System of a down no talo.
Duas músicas depois, toca a campainha. Ela atende. Era o vizinho do apartamento ao lado.

- Boa Tarde!
- Boa...
- Desculpe, se estou atrapalhando, mas é que, estou tentando ver TV, e o seu som esta muito alto. Sabe como é, né? É domingo.
- Ok.
- Obrigada hein, bom descanso.

Fechou a porta trincando os dentes e pensou:" Que gentileza tentar me situar. Se ele não o fizesse, nem me daria conta de que hoje é domingo!"
Irritada, desligou o som e resolveu tentar dormir. Talvez sonhasse, que estava em qualquer outro dia da semana. Qualquer um, menos num maldito domingo!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Mentiras


Eu minto
Tu mentes
Ele mente
Nós mentimos...

Han? Você nunca mentiu?
Mentira!!

A mentira faz parte de nós desde muito cedo. Ousaria até, em dizer que, desde sempre.
Quando bem pequenos, ouvimos de nossos pais: "Não mexa aí, senão o Bicho Papão virá te pegar".
Ainda sem nem saber o que é uma mentira, disparamos um: "Não fui eu, mamãe!".
Crescemos, e as mentiras também.
Mentimos para não demonstrar indelicadeza, para não magoar alguém querido, para justificar uma falta - seja ela na escola ou no trabalho -, para não termos de fazer algo que não queremos, etc... São muitos os motivos.
Pequenas ou grandes, são sempre mentiras.
A sua mentira, é a ilusão do outro. Ou não. Há quem minta mal!
Se formos descobertos, podemos perder a confiança, em nós depositada, por alguém.
É preciso cuidado.
A mentira, é de fato, a verdade que desejamos.
Há quem minta tanto, e tão bem, que até passe a acreditar cegamente naquilo. Essa é a pior das mentiras.
Mentir para si mesmo é burrice.
Podemos enganar a qualquer um, menos a nós mesmos.

Paixão



Você nunca vai saber porque chora, até que ela volte.
As desculpas que arruma para si mesmo, são histórias. Mais que histórias, são verdades que você inventou, para não lembrar do que já disse ter esquecido.
E quando nada mais fizer sentido, vai perceber que nunca fez. Que sempre irá correr o risco de se deparar com ela outra vez. Risco bom. Ela é boa enquanto existe. Boa é pouco, ela é ótima. Avassaladora e imprevisível.
Ruim é quando ela se acaba. Se acabar primeiro para você, tudo bem. É difícil admitir, mas, a fila tem de andar.
Ruim mesmo é quando ela acaba para o outro antes. Nossa!!
Aí você volta ao início do texto.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Amizade


Abraços infinitos
Muitas, muitas madrugadas
Carnavais e outros feriados
Ouvidos que não se cansam
Lágrimas e ombros
Olhares que dizem tudo
Segredos super secretos
Brigas
Conselhos dados, conselhos recebidos
Sofrimento meu e dele
Coca-cola, cerveja, vinho
Saudade
Cólo com direito a cafuné
Beijos na bocheca, apertados
Ciúmes
Viagens curtas e longas
Amor



Amigos são a família que temos a chance de escolher.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Descaso humano

Todos os dias fazia o mesmo caminho para casa. Hoje, porém, algo incomodava-a. Não encontrava aquele menino. Um menino de mais ou menos 9 anos, mulato, de pés no chão que vestia sempre uma camiseta, completamente furada, que lhe batia nas canelas. Era um menino alegre, apesar das condições em que vivia. Sabe-se lá se tinha mãe. Estava sempre sozinho. Dormia ali, no banco da pracinha. Aquela praça era sua casa e todos que moravam e trabalhavam ao redor dela, seus vizinhos.
Sempre que ela passava por ele, acenava com a cabeça e sorria timidamente, enquanto ele respondia com um sorriso, que parecia carregar um mundo inteiro, de tão grande. Nunca trocaram uma palavra. Ela sentiu, por inúmeras vezes, vontade de lhe falar e puxar as orelhas quando o via cheirando cola. Mas nunca o fez.
Onde estaria hoje aquele sorriso? Já estava acostumada com ele. Procurou pelos arredores e nada! Perguntou à um rapaz que trabalhava no bar da esquina se sabia de algo. Foi então, que se deu conta. De madrugada, um bando de moleques foram à praça na intenção de se divertir as custas dele. Acordaram o podre menino e começaram a provoca-lo. Ele tentou fugir, mas os outros eram maiores...
Ela saiu do bar sem nem ouvir o final da história. Podia imaginar.
Subiu as escadas da praça. Avistou, sobre o banco onde o menino dormia, um cobertor cheio de retalhos e ao lado, uma caixa, dessas de sapato, com uma garrafa cheia de cola, algumas moedas e outras poucas quinquilharias.
Olhou a sua volta. Todos os comerciantes trabalhavam freneticamente. Algumas pessoas conversavam. No ponto final de uma linha de ônibus, motoristas e trocadores jogavam damas. Alguns aposentados jogavam seu sagrado buraco. Tudo exatamente igual aos outros dias. Exceto pela ausência do menino sorridente. Mas, quem se importa? Naquele instante, sentiu vergonha, não só de si, mas de toda a raça humana. Essa gente que, cada vez menos, enxerga o outro.

terça-feira, 15 de maio de 2007

O que é bonito ?!?!

Quando era mais nova, na pré-adolecência para ser mais exata, me sentia a pior de todas as criaturas. Meu avô ficava aflito em me ver daquele jeito e sempre me dizia a mesma coisa, que não existe bonito nem feio. Me explicava que o belo para ele poderia ser "não tão belo" para qualquer outra pessoa, que cada um tem seu gosto. Isso, eu posso afirmar, porque nenhuma das minhas amigas concordam comigo quando eu acho um carinha bonito,rs. Sim, ele tinha razão, mas a coisa não é tão simples assim. Existe uma beleza pré-estabelecida, e é culpa dela, que muitas meninas se sintam igual, ou até pior do que me sentia. Depois de um tempo reclusas, elas passam a perseguir insessantemente essa beleza que invade seus olhos todos os dias. Não há como fugir dela. Está em todos os cantos, nas revistas, nos outdoors, na tv, na internet...

Eu fui assim. Eu sou assim. Seria hipocrisia não admitir que brigo todos os dias comigo mesma e que vou contra minhas vontades por almejar essa beleza tão superficial.

PS: Essa campanha Dove é genial.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Sapato Laranja



Acho muito válido crer em algo ou alguém, isso quando a pessoa se apega a essa fé no intuito de se sentir completa!!!
A cada dia que passa me convenço mais de que não é assim que a maioria das pessoas encara o assunto. Percebo que o ser humano está muito descrente de si. Duvida demais de seu potencial e por isso se agarra na certeza da existência de algo maior que ele, como se isso fosse resolver qualquer situação.
Não há problema algum em acreditar em Deus, em suas diversas versões, Fadas, Magia, Amoletos da sorte, Pedras, acho até que devemos crer SIM. Passa a ser problema quando você acredita que tudo que acontece contigo, de bom ou ruim, é consequência disso!!
Tenho a opnião de que tudo em exagero é prejudicial, ate a fé. Esses "elementos" trabalham em parceria com as suas atitudes e seu potencial.

Juliana desliga o telefone e chama a mãe:

- Manhêêêêêêêêêêê!?!?!?!?
- O que foi menina? Pra que essa gritaria toda ?
- Você não vai acreditar! Fui chamada para a minha primeira entrevista de emprego, em uma empresa muito bem conceituada no ramo de direito!!
- Parabéns querida! Marcaram para quando ?
- Esse é o motivo da gritaria!! Hoje, daqui a duas horas na matriz com a superintendente... Meu Deus, vou ter uma síncope. Vou travar na hora. Aiii, acalme-se Juliana!!!! Aummmmmmmmmmmmmm...
- Isso Filhota, relaxa. Respira, inspira. Respira, inspira. Passou ? Agora vá se vestir, porque a hora esta passando.
- Tá. O que combina com meu sapato laranja?? Um terninho preto fica legal ?
- O que ??? Você não vai com o sapato laranja, não mesmo!! Imagine, ir à uma entrevista de emprego como essas, com aquele sapato cheguei. Ah, como me arrependo de ter lhe comprado aquele par de tangerinas calçáveis.
- Ô mãeeee, pega logo os meus sapatos, estou atrasada!! A senhora sabe muito bem que sem eles não posso ir de jeito nenhum. Aqueles sapatos são meu amuleto, sempre me deram sorte. Sem eles não tenho a mínima chance.
- Deixa de ser boba garota, você sempre foi a primeira de sua turma, tem o histórico cheio de notas invejáveis.
- Aiiiiiiiiiiiiiii, assim não está ajudando.

Vestiu seu terninho preto, calçou os “sapatos da sorte” e seguiu para a matriz da empresa. Chegando lá, foi recebida imediatamente pela secretária da superintendente que a conduziu a sala onde seria realizada a entrevista. Sentou-se confortavelmente, esperando a Sra Cláudia Machado entrar para começar com a sessão de tortura.

- Boa tarde Sta Juliana Pereira!!
- Boa tarde...

Se cumprimentaram com um aperto de mão. Cláudia analisou Juliana dos pés à cabeça, que por sua vez sentiu-se despida. Quando Cláudia, mulher muito elegante, pôs os olhos naquele par de sapatos pensou no que faria uma criatura calçar algo tão chamativo, especialmente em uma entrevista de emprego. Achou de um mau gosto tremendo.
A entrevista seguiu com sucesso, apesar de nervosa, Juliana mostrou ser profunda conhecedora do assunto tratado e o mais importante, não havia trabalhado em nenhuma empresa anteriormente, assim se moldaria às regras com muita facilidade. Mas, Cláudia ainda estava atormentada com os sapatos da moça. “Ela vai representar a empresa nos tribunais, precisa estar bem vestida. Sabe-se lá se ela tem a coleção completa com todas as cores cítricas “ Pensou ela.
Cláudia, Cláudia, vai desperdiçar uma boa profissional por conta de seu mau gosto por sapatos?!?!” Pensou novamente.

Foi então que Juliana ganhou a vaga no escritório.

- Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeee chegueiiiiii!!
- E aí, me conta, como foi ??
- Fui admitida. Uau, nem acredito, meu primeiro emprego!
- Parabéns querida!!! Estou orgulhosa de você. Não disse que era capaz ?
- É, estou muito feliz!
- Ah querida, aquele rapaz, Felipe, se não estou enganada, te ligou!
- Ai meu Deusssss, jura? O que ele disse?
- Que estaria com o pessoal naquele barzinho em que vocês sempre se encontram. Disse para aparecer por lá.
- Ai meu Deus, Ai meu Deus, Ai meu Deus!!! É lógico que eu vou...

uma hora depois...

- Nossa, fiu fiu!! Como está bonita minha filha. Tudo isso é para aquele moço que ligou ?
- É sim!!! Ai mamãe torça por mim, estou apaixonada.
- Ihhh, fica tranqüila, com esse visual, periga que ele não desgrude de ti nunca mais!!!
- Não exagera Mãe. Estou indo hein, se for demorar te ligo.
- Ok, se cuida. Juízo. Heiiii JULIANA, volta aqui. VOCÊ VAI COM ESSE SAPATO DE NOVO FILHA ?? Pelo amor de Deus. Tira isso, anda!
- Ta maluca mãe?? Quer prova maior do que a de hoje de que esse sapato me dá sorte ?!?!

E saiu batendo a porta.

sábado, 12 de maio de 2007

Os sentidos - Viagem no tempo



O homem AINDA não foi capaz de criar uma espécie de "maquina do tempo", onde poderíamos voltar em algum lugar no passado e reviver sensações que com o tempo vão se apagando.
Não duvido que em alguns anos exista uma dessas, talvez até nos proporcione alterar algumas coisas aqui, outras alí. Consigo ver nitidamente o caos em que a vida das pessoas se transformara. As reações à uma mudança assim são um fato.
Devem estar se perguntando, e o que tem os sentidos com uma possível viagem no tempo ?
Tudo.
Esse tipo de viagem acontece com todos nós, por várias vezes.
Os sentidos nos proporcionam NATURALMENTE reviver sensações e situações.
As vezes você VÊ algo ou alguém, TOCA em algo ou alguém, sente o CHEIRO de algo ou alguém, FALA alguma coisa, OUVE alguma música e sem propósito, acaba relembrando e revivendo momentos.
As vezes é bom, outras não, mas faz parte de nós. Se lembramos é porque teve alguma importância.
Recebemos um corpo que possui todos esse sentidos que nos proporcionam coisas absurdas. Não acha que se fosse bom poder apagar e reescrever um momento de sua história, também não teria sido lhe dada a oportunidade de forma natural?
Quantas vezes pensamos que se pudéssemos voltar no tempo faríamos tudo diferente? A gente aprende com os erros.
Se pudéssemos voltar lá atrás e apagar um deles, não teríamos experiência para não errar novamente. E então, apagar um erro significaria desencadear mais alguns. Mas poderíamos apagar todos!
Uau! Nos tornaríamos perfeitos!
Seres humanos perfeitos brincando com as suas vidas e a de todos ligados a elas. Controlados por um controle tipo esses de vídeo-game.
Genial.

"Assim caminha a humanidade"

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Velhice - Um contraste ambulante


Já pararam para observar um idoso? Por mais animado que possa ser, em algum momento deixam escapar um olhar perdido. Voam bem distante.
A velhice é um contraste ambulante. Toda vez que penso nela dou voltas e voltas e acabo sempre no mesmo lugar!
Acredito que seja inexplicavel a sensação de ver seus netos brincando. Ver que graças a você, seus filhos existem, também os netos, bisnetos...
As experiências e tudo que você aprendeu ao longo dos anos, são uma dádiva e são as únicas coisas que nunca, ninguem, vai lhe tirar.
Por outro lado, a saúde fica frágil, o corpo sem a mesma resistência, e o pior na minha opnião, você vai vendo as pessoas que ama indo embora. Pai, mãe, irmãos, amigos...
Será que ainda assim vale a pena ?!?!

Minha avó materna vai fazer 80 anos, uma graça. Pequenina, cabelos brancos, dois olhões azuis e hiper simpática!
Há algum tempo atrás, em uma dessas reuniões em família, eu estava no quarto com o pessoal da minha idade, e fui a cozinha pegar alguma coisa pra beber, foi quando passei pela sala e vi minha avó. NUNCA vou esquecer aquela cena.
Todos conversavam, brincavam e lá estava a vovó, sentada em uma cadeira de balanço, olhando pra onde minha vista só irá alcançar quando estiver com a idade dela. Havia lágrimas em seus olhos. Meu avô tinha falecido poucos meses antes, e naquele momento tentei me colocar no lugar dela.
Imaginem viver com uma pessoa durante 50 anos e de repente não saber se um dia irão se encontrar novamente!
Se nós, filhos e netos sofremos, imaginem ela.

Só consigo chegar a uma conclusão. A vida não te dá nada. Um dia ela vem e leva tudo de volta !

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Irritada e Irritante



Anda muito chata. Irritada e irritante (segundo um amigo). O mais estranho é ela não saber o motivo de tanta irritação. Será mesmo?
2007 chegou!! Começa exatamente como terminou 2006, onde estão as transformações, as mágicas? Dezenove anos foram necessários para que a ficha ameace um movimento. Não existe mágica, a vida não vai simplesmente começar a andar bem porque mais um ano se iniciou. As mudanças vão ter que partir dela e não vai ser nada fácil, já que estamos falando de uma pessoa preguiçosa e indecisa. Não basta que ela queira, precisa buscar, FAZER!
Tem sonhos, ambições e se persistir em adiar tudo, irá passar o resto de seus dias se lamentando.
Ela sabe, só não quer acreditar ainda, deve imaginar que vai ser diferente com ela!
Espero que ela acorde, consiga se auto-analisar, aceite seus defeitos, mas nunca conformada, sempre tentando melhorar e evoluir. Que se concentre no de dentro e pare de procurar respostas para o que está fora. Que escreva na 1ª pessoa.